Aporte do Governo do Estado ajuda a retomada das pesquisas do Museu Nacional

O Museu Nacional está ganhando nova vida após o incêndio ocorrido há um ano. O aporte do Governo do Estado, representado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), vem permitindo que as produções científicas sejam retomadas e pesquisadores possam planejar seus projetos. O fomento, no total de R$ 2,5 milhões, contemplou 72 trabalhos que faziam parte das coleções que foram total ou parcialmente perdidas. Cada profissional recebe uma bolsa de R$ 3 mil por mês.
“O aporte de quase R$ 3
milhões de reais contemplou 72 pesquisas e também as obras de infraestrutura e
segurança do prédio anexo. Nossos esforços se concentraram em priorizar e
preservar o patrimônio intelectual da instituição e contribuir para
restabelecer as condições de trabalho desses profissionais especializados. A
Faperj, agência de fomento da ciência no Estado do Rio de Janeiro, colabora com
o resgate do patrimônio do Museu Nacional”, falou o presidente da Faperj,
Jerson Lima Silva.
O Museu Nacional, um dos maiores museus de história natural e antropologia das
Américas, é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ao todo,
são 37 coleções, entre fósseis, múmias, registros históricos e obras de arte.
Para a vice-coordenadora do núcleo de resgate do acervo do Museu Nacional e uma
das paleontólogas contempladas com a bolsa, Luciana Carvalho, o edital “Apoio
Emergencial ao Museu Nacional – 2018”,
lançado em março deste ano, é um alento em meio à tragédia.
“O projeto é fundamental porque apoia as atividades que têm relação com o resgate. Muitos dos projetos contemplados pela Faperj estavam nas coleções que estão sendo resgatadas e, com isso, temos um suporte a mais para garantir que essas coleções possam receber o devido tratamento e realocá-las junto às coleções antigas. Para os pesquisadores foi um sopro de alento em um momento muito difícil, onde passamos pela perda e todo o processo do incêndio. Toda a comunidade tem uma relação muito próxima com o Museu Nacional e esse apoio nos ajudará a dar continuidade e não desistir das pesquisas”, afirmou Luciana.