A convocação tripla (da seleção principal, da olímpica e da sub-17) realizada na manhã de sexta-feira (20) na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mexeu com torcedores cariocas. Vasco, Flamengo e Fluminense perderão jogadores por ao menos duas rodadas na reta final do Campeonato Brasileiro.

No caso do Vasco, o atacante Talles Magno pode desfalcar a equipe em até 10 partidas da competição. Convocado pelo técnico Guilherme Dalla Déa para o Mundial Sub-17, que acontece em outubro e novembro, a revelação do cruzmaltino virou o tema central da coletiva de imprensa.

Questionado sobre a possibilidade de o Vasco entrar na Justiça para impedir o atacante de reforçar a seleção, o coordenador das categorias de base da CBF, o ex-jogador Branco, lembrou a importância de defender o Brasil: “Sinceramente, independente de ser data Fifa ou não, vamos jogar um Mundial. É um prêmio para o atleta, para o clube que formou esse atleta. É o maior prêmio que um atleta pode ter na vida. Com todo respeito ao Vasco e a seus torcedores, não penso em nenhuma hipótese em um pedido de desconvocação do Talles”.

Reclamação do Flamengo

O torcedor do Flamengo também reclamou. O zagueiro Rodrigo Caio e o atacante Gabriel Barbosa foram chamados por Tite para defenderem a seleção principal nos amistosos contra Senegal e Nigéria nos dias 10 e 13 de outubro, em Singapura. Já no sub-17, o rubro-negro viu Daniel Cabral e Reinier serem chamados para o Mundial.

Ao ser perguntado se estaria prejudicando o Flamengo por ter convocado dois atletas para a seleção principal, Tite respondeu: “Quero respeitar sua pergunta, pois ela está manifestando uma tendência, uma ideia de prejuízo. Há outro lado da questão, o lado da seleção brasileira, de preparação daqueles que serão convocados para as Eliminatórias. Precisamos entregar desempenho e resultado, e isso exige preparação. Estou tendo o máximo de cuidado, de equidade e de bom senso. O calendário não é da CBF, ele é dos clubes também. Ele é muito mais decisivo em uma competição de Copa do Brasil do que em uma de ida e volta. Quem fala é um técnico que já esteve em um clube, que conquistou dois títulos, em 2011 e 2015, e que também já sofreu por isso, sabe dimensionar isso e tinha que ter um grupo forte para que o melhor trabalho chegasse no final. Há controvérsias, há situações que podem ser defendidas das duas partes. Cada um busque a opção que achar melhor”.

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