CPI do Feminicídio discute ampliação de  políticas de proteção à mulher em Maricá

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que investiga os casos de feminicídios no estado, realizou na sexta-feira (20) audiência pública em Maricá. O objetivo da reunião foi conhecer de perto as políticas públicas voltadas para o enfrentamento da violência contra a mulher no município.

Para a presidente da CPI, deputada Martha Rocha (PDT), é importante ouvir os relatos fora da capital para compor uma radiografia que espelhe a realidade da mulher hoje. “Estamos entrando na reta final e o que vemos de comum nesse crime, em todas as regiões, é a tentativa de desqualificar a vítima e destruir sua memória”, afirmou Martha.

Segundo a deputada Zeidan Lula (PT), que mora em Maricá, já existe uma rede local de acolhimento, proteção e orientação à mulheres que sofrem violência. O Centro Especializado de Atendimento à Mulher é uma destas ações. “Em 2018 foram duas mulheres mortas em Maricá e outras três que conseguiram sobreviver a uma tentativa de feminicídio. Quanto mais políticas públicas tivermos, menos mulheres perderão a vida por causa da violência. Se não tivéssemos uma rede minimamente organizada, talvez nossos dados fossem muito mais assustadores”, afirmou Zeidan, relatora da CPI.

Um dos projetos da Prefeitura de Maricá para ampliar a atenção às mulheres em situação de violência é a implantação da Sala Lilás, um espaço qualificado para a realização dos exames de corpo de delito em meninas e mulheres que sofrem violências físicas e sexuais.

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