Dinheiro recuperado da corrupção  deve retornar para a saúde no Rio

Os valores referentes aos produtos e proveitos de crimes praticados por agentes públicos nas ações de enfrentamento à pandemia de coronavírus serão destinados ao Fundo Estadual de Saúde (FES). É o que define o projeto 2.874/20, do deputado Anderson Moraes (PSL), aprovado em discussão única pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta-feira (9). O texto seguirá para o governador em exercício, Cláudio Castro, que terá até 15 dias úteis para sancioná-lo ou vetá-lo.

Pela proposta, 20% do valor deve ser repassado à Agência Estadual de Fomento (AgeRio) para ser revertido em crédito para bares e restaurantes. Isso já incluiria os R$ 8,5 milhões apreendidos em ação contra o ex-secretário de Saúde Edmar Santos, suspeito de envolvimento com o esquema que teria fraudado contratos para a compra dos respiradores

“Nada mais justo que esse dinheiro volte à população através de investimentos e recuperação de um setor que foi muito afetado, e é um forte aliado na geração de empregos do estado”, defendeu Anderson Moraes.

Projeto do deputado Anderson Moraes (PSL) foi aprovado em discussão única pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
Rafael Wallace/Alerj

Como justificativa para apoiar a destinação à linha de crédito ao setor de bares e restaurantes, o parlamentar cita pesquisa realizada pelo Sindicato dos Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio) na 1ª quinzena de junho. No período, 76% das empresas tiveram pedidos de novas linhas de crédito recusados, e cerca de 72% tiveram que demitir funcionários. A estimativa é que mais de 1,2 milhão de pessoas tenham sido dispensadas.

Todo valor recuperado e o destino dele deverá ser publicado nos sites oficiais dos respectivos destinatários e no Diário Oficial do Estado do Rio.

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