Maternidade Mariana Bulhões celebra Semana  da Prematuridade com debates e homenagens

Ao entrar na UTI Neonatal a emoção tomou conta de Aline dos Santos, de 27 anos. Pela primeira vez, ela pegou no colo as filhas Mirela e Milena. Elas nasceram prematuras, com 34 semanas de idade gestacional, na última quarta-feira (20) e estão internadas na Maternidade Mariana Bulhões, em Nova Iguaçu. 

A unidade é referência no cuidado aos bebês prematuros. Dos cerca de 600 partos realizados por mês, 10% são de prematuros. Em todo Brasil, essa taxa é de 12%. Atualmente, 22 bebês estão internados na UTI Neonatal da maternidade. 

“A equipe de enfermagem precisa estar sempre capacitada para cuidar deste prematuro com manuseio correto, mantendo o bebê aquecido, assim que possível começar a alimenta-lo, de preferência com leite materno, cuidar da pele para que não tenha lesões e realizar o método canguru, quando o bebê é colocado em contato pele a pele tanto com o pai quanto com a mãe, estimulando vínculo voltado para o cuidado humanizado”, aponta a coordenadora de enfermagem da UTI Neonatal, Delbra da Costa Santos. 

Alziro Xavier / PMNI

Esta semana foi marcada como a “Semana da Prematuridade” e para orientar os papais e mamães sobre como cuidar de um bebê prematuro, a maternidade promoveu uma roda de conversa na última quinta-feira (21), onde eles puderam trocar experiências e histórias de superação, como a das gêmeas. Todos os bebês prematuros receberam capinhas representando algum super-herói, como forma de simbolizar que eles lutam diariamente pela vida. 

“Foi maravilhoso pegar as minhas filhas no colo pela primeira vez, uma sensação indescritível. Eu só tinha mexido com elas dentro da incubadora. No meu colo, pararam de chorar na hora. São minhas heroínas! Estão todos os dias lutando pela vida”, destaca emocionada Aline, ao lado do pai das meninas, Jonathan Brasil, de 27 anos. As duas foram vestidas de Mulher Maravilha.

Alziro Xavier / PMNI

Um bebê é considerado prematuro quando nasce abaixo de 37 semanas de idade gestacional e pesando menos de dois quilos. Isso pode ocorrer por diversos fatores relacionados à saúde da gestante.

“São famílias cheias de sonhos, bebês que lutam dia a dia para sobreviver às dificuldades do nascimento, das patologias e que na maioria das vezes vencem com o apoio de todos os profissionais envolvidos que se empenham para que o desfecho seja o mais favorável possível. Para isso devemos lembrar que é possível evitar a prematuridade através de um pré-natal bem executado e acesso a informações que irão ajudar a mãe durante a gestação”, explica o diretor geral da maternidade, Adriano Pereira. 

Durante o debate sobre prematuridade, inúmeras histórias de superação dos recém-nascidos foram relembradas pelos profissionais e pais convidados, como bebês que nasceram com 700 ou 800 gramas, chegaram a ficar internados por seis meses em tratamento intensivo na maternidade e venceram esta etapa sem sequelas. Hoje eles levam uma vida saudável. 

“Na maternidade Mariana Bulhões tentamos humanizar todos os processos de trabalho, inclusive os que causam angústia para a família e colaboradores. Vestimos nossos bebês de super-heróis porque são fortes e a luta pela vida é grande. Esses bebês e mães são tratados com todo amor, carinho e dedicação, e existe um esforço coletivo para que todo o lado negativo seja minimizado”, conclui a coordenadora geral de enfermagem, Vanessa Rosa.

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