Municípios da Baixada vão receber suprimentos e equipamentos de combate a incêndios florestais

O Comitê Guandu-RJ iniciou a entrega dos equipamentos e suprimentos de combate a incêndios florestais, previstos no Plano Associativo de Prevenção e Combate a Queimadas. Até o dia 19, treze municípios vão receber dez itens para o combate ao fogo, como abafadores manuais para fogo rasteiro, luvas de proteção em altas temperaturas e supressante de chamas. Objetivo é contribuir com a estrutura das brigadas de incêndio dos municípios da região da bacia, prevenindo e mitigando os efeitos das queimadas na natureza. Os equipamentos são doados pelo Comitê sem contrapartidas.

O Plano Associativo de Prevenção e Combate a Queimadas e Incêndios Florestais foi desenvolvido pelo Comitê Guandu-RJ após um estudo na região da bacia, que fez um diagnóstico ambiental, institucional e estrutural. A ideia foi identificar as áreas com maiores incidências de incêndios, suas possíveis causas e os riscos à população a aos recursos naturais, principalmente os mananciais. Além disso, o plano ocupou-se em levantar o quantitativo de brigadas e grupos que atuam no combate às queimadas, as regiões que atendem e a estrutura dessas organizações, com o objetivo de levantar o que seria necessário para contribuir no combate ao fogo.

José Arnaldo, membro da câmara técnica de estudos gerais representando o município de Nova Iguaçu, é um dos grandes articuladores do plano e ressalta sua importância. “Os setores ambientais e de defesa civil têm apostado suas energias institucionais para colocar em prática as metas do Plano Associativo em favor da prevenção aos desastres civis, representados pelas queimadas. As experiências coletivas apontarão caminhos viáveis para atender as demandas provocadas pela destruição da Biodiversidade”, explicou.

 Após os estudos, foi traçado um plano de ações em conjunto com o Corpo de Bombeiros, Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, Defesa Civil dos municípios, brigadas de incêndios, prefeituras e todas as organizações que atuam nesses casos. O objetivo é criar planos e articulações para prevenir e combater os incêndios. “A importância do plano se dá no tratamento de todas as frentes necessárias para a adoção de medidas de combate a incêndios na região hidrográfica. A frente de articulação permitirá estruturar uma colaboração entre partes. A diretriz institucional permitirá gerar um arcabouço jurídico para formalização desse apoio entre partes e a diretriz estrutural permite compreender as necessidades das brigadas municipais para que haja uma atuação adequada”, explicou Caroline Lopes, Engenheira Ambiental e Especialista em Recursos Hídricos do Comitê.

Além do plano de ações, o grupo também recebe equipamentos e suprimentos adquiridos e doados pelo Comitê Guandu-RJ, visando melhorar a estrutura das organizações.

 O plano associativo de combate a queimadas prevê ainda cursos de treinamentos e ações educativas, com o objetivo de prevenir ou mitigar os efeitos do fogo nas florestas. Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em julho, mostram que em sete meses, o Estado do Rio de Janeiro teve 185 focos de incêndios, enquanto durante todo o ano de 2018 foram 103. O tempo seco e pouca chuva são alguns dos fatores que contribuem para o aumento em 80% do número de queimadas em relação ao ano passado. Entre outros problemas, as queimadas diminuem a fertilidade dos solos e comprometem a qualidade da água, pois destroem as matas ciliares, que são a proteção dos rios, riachos, córregos e ribeirões, contribuindo para a ocorrência de seca e a baixa umidade relativa do ar.

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