Brincar é coisa séria e cheia de significados. Nesta sexta-feira (30/05), alunos da Educação Infantil da rede municipal de Nova Iguaçu participaram de um dia especial no Sesc Nova Iguaçu para celebrar o Dia Mundial do Brincar. Com o tema “Terra, território e brincar”, a programação uniu diversão e aprendizagem com vivências pensadas para valorizar identidade, pertencimento e a atuação cidadã desde a infância
O evento contou com roda de jongo, contação de histórias iorubás, cortejo musical, roda de samba infantil, karaokê, jogos gigantes, estações sensoriais e brincadeiras de quintal. A proposta era simples e poderosa: reforçar o brincar como direito e linguagem essencial da infância.
“Hoje é celebração, mas o brincar é cotidiano. Ele está no centro do desenvolvimento da primeira infância e deve ser tratado com intencionalidade pedagógica. Essa parceria com o Sesc fortalece nosso compromisso com uma educação que reconhece o território e as múltiplas infâncias”, destacou a secretária municipal de Educação, Maria Virgínia Andrade Rocha.
“Esse dia traz reflexão e a garantia do direito de brincar, que é previsto em várias legislações, mas ainda negado em muitos contextos. Defendemos uma educação lúdica, interativa e democrática e queremos que isso vá além do evento e esteja presente nas salas de aula e nos encontros com as famílias. Onde tem brincar, tem prazer; onde tem prazer, tem aprendizagem”, afirmou Amanda Paixão Montenegro, diretora da Escola Sesc.
No meio das atividades, a aluna Sophie de Albuquerque, de 5 anos, do Infantil 5A da E.M. Compactor, não escondia a empolgação: “Brinquei com massinha, desenhei, corri com meus amigos e vi um cientista! Foi muito legal!”, contou.

A referência ao cientista foi parte da intervenção artística “O Mundo e a Ciência”, do Grupo Cochicho na Coxia. “A ideia é aproximar o pensamento científico do universo infantil de forma divertida. É um privilégio ver o quanto as crianças se encantam e aprendem quando têm acesso a experiências significativas”, disse o ator Wendel dos Santos Mendes, de 34 anos.
A professora Christiane Simões, da Sala de Leitura da E.M. Professor Márcio Caulino Soares, reforçou o valor simbólico do evento: “Esse evento resgata raízes, contextos e mostra como brincar pode ser um exercício de cidadania e memória. As crianças respiraram esse evento desde que souberam que participariam. A ansiedade era bonita de ver.”