Bombeiros capacitam militares para  operar Veículos Aéreos Não Tripulados
Desde 2015 que o Corpo de Bombeiros utiliza os drones como ferramenta durante operações de busca e salvamento
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A quarta turma do Curso de Especialização em Veículos Aéreos Não Tripulados (Cevant), do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, concluirá a formação nesta semana. A capacitação, coordenada pelo Grupamento de Operações Aéreas (GOA), tem por finalidade a habilitação dos profissionais para que possam operar o sistema de aeronaves remotamente pilotadas (RPAs), mais conhecido como drones. Ao todo, a edição de 2019 reúne 20 alunos – 19 militares da corporação e um agente federal de Segurança Institucional do Ministério Público do Trabalho, da União.

“A capacitação tem sido necessária para que os militares tenham totais condições para operar o equipamento. O curso tem um foco muito grande na legislação e um cuidado maior ainda na segurança, tanto dos profissionais, quanto da sociedade como um todo. Nossos militares saem pilotos de RPAs e não somente operadores de drones”,afirmou o responsável pela coordenadoria de Veículos Aéreos Não Tripulados (Covant) do Corpo de Bombeiros,  tenente-coronel Felipe Monteiro.

Desde 2015 que o Corpo de Bombeiros utiliza os drones como ferramenta durante operações de busca e salvamento (marítimo e terrestre), além atuar em eventos de maior complexidade, como o incêndio no Museu Nacional, em setembro do ano passado, e no desabamento dos prédios na comunidade da Muzema, em abril deste ano. A formação, com duração de quatro semanas, consiste em duas fases – a primeira, à distância, o conteúdo é todo voltado para a legislação sobre a atividade aérea brasileira. Já na segunda etapa, as aulas são divididas em teorias indoor (ambiente fechado) e, por último, os alunos fazem o treinamento em área aberta.

“Outro ponto interessante é que o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro é um dos poucos que oferecem esta capacitação completa. As Polícias Militar e Civil, além da Secretaria de Administração Penitenciária, estão se capacitando conosco, o que gera uma integração entre os órgãos. Conseguimos compartilhar a mesma metodologia, bem como trocar experiências e conhecimento. Embora cada instituição tenha seu equipamento, o trabalho funciona de forma integrada”, ressaltou o coordenador.

Primeiras mulheres na formação

Dos 20 alunos da edição deste ano, duas são mulheres. São as primeiras que sairão habilitadas para operar os drones fluminenses. Há quatros anos na corporação, a tenente Larissa Queiroz, do Grupamento de Araruama, tem se destacado nas aulas. “A minha unidade tem um drone e, por isso, achei interessante me capacitar para operá-lo em eventos. Sabemos que em breve começará o verão e minha região, como é litorânea, recebe muitos turistas. Então, existe a possibilidade do aumento no número de ocorrências de salvamento marítimo e ainda, podemos realizar o monitoramento de trilhas”, contou a militar, de 22 anos.

Além de ser tripulante operacional socorrista, a cabo Aline Lopes, do 1/18º DBM (São Pedro D’Aldeia), agora vai se tornar piloto de drone. Segundo ela, as especializações são muito importantes na carreira de um Bombeiro Militar. “A missão do Corpo de Bombeiros é sempre atuar com eficiência, rapidez e segurança. Por isso, ter esta capacitação em meu currículo é mais uma forma de estar preparada para uma situação real”, comentou a cabo, de 41 anos.

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