Covid-19: sem leitos de UTI, pacientes graves  de Mesquita peregrinam em busca de vagas

A falta de leitos de UTI tem sido uma das principais preocupações das autoridades de saúde para enfretamento ao novo coronavírus. Na luta contra essa doença, o Ministério da Saúde publicou no início de abril a Portaria nº 568, que dobrou o valor do custeio diário dos leitos UTI Adulto e Pediátrico de R$ 800 para R$ 1,6 mil, em caráter excepcional, exclusivamente para o atendimento dos pacientes com coronavírus. Com isso, esses leitos habilitados temporariamente já começam a receber o valor diferenciado do incentivo.

O repasse de recursos em dobro para custear estas internações está garantido pelo prazo de 90 dias, podendo ser estendido enquanto durar a situação de emergência em saúde pública por conta da pandemia por coronavírus. Este é mais um reforço no apoio da União para os estados e municípios no enfrentamento à Covid-19.

O Rio de Janeiro, por exemplo, que hoje é o segundo estado no país em número de casos e mortes por covid-19, é um dos que podem fazer solicitações para habilitar novos leitos. O pedido de habilitação para o custeio dos leitos Covid-19 é feito pelas secretarias estaduais ou municipais de saúde, que garantem a estrutura necessária para o funcionamento dos leitos. O Ministério da Saúde, por sua vez, garante o repasse de recursos destinados à manutenção dos serviços.

O município de Mesquita é um dos que não contam com leitos de UTI. Pacientes graves que necessitem deste recurso precisam buscar atendimento nas emergências dos municípios vizinhos, como o Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse, que hoje está próximo do colapso. Cerca de 30% dos pacientes com suspeita de Covid-19 que chegam a unidade são de outros municípios, principalmente de Mesquita.

Em 2018, a vereadora Cris Gêmeas acompanhou os detalhes da reforma do antigo Hospital Dr. Mario Bento em Mesquita que virou Clínica da Família, sem leitos de UTI / Foto: Arquivo

Com 223 casos e 22 mortes confirmados, uma taxa de letalidade de 9,44%, Mesquita montou um polo de atendimento aos pacientes com Covid-19 mas na prática, pacientes graves precisam ser encaminhados para outros hospitais da região. “É um absurdo o cidadão mesquitense em estado grave ter que recorrer a hospitais de outros municípios que já estão superlotados quando poderíamos ter essa estrutura aqui. É um completo descaso e mostra a total falta de gestão do prefeito”, disse a vereadora Cris Gêmeas.

Ela cita o fato dos leitos de UTI serem custeados pelo Governo Federal. “Basta a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde preparar os leitos e pedir a habilitação junto ao Ministério da Saúde. Um município do tamanho de Mesquita era para ter no minimo 10 leitos de UTI. Isso precisa ser feito com urgência mas parece que falta boa vontade do prefeito Jorge Miranda em resolver essa questão. Ele alega que os leitos de UTI são responsabilidade do Governo do Estado mas nada impede que a Prefeitura faça o que tiver que ser feito para resolver isso. Estamos em um momento de crise e momentos de crise pedem atitudes firmes. É nessa hora que vemos a diferença entre os prefeitos que colocam a população como prioridade e não poupam esforços para oferecer um atendimento digno à população e os que se omitem e ficam passivos diante de um problema dessa gravidade”, disse ela.

1 comentário em “Covid-19: sem leitos de UTI, pacientes graves de Mesquita peregrinam em busca de vagas

  1. Esse prefeito é um muquirana não quer saber da população quero vê nessa próxima eleição ele vim candidato e andar nas ruas de mesquita população já saber o caráter dele e do irmão dele q não saber nada é outro q não faz nada pela população Mesquitense

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