Defesa Civil de Nova Iguaçu faz ação do “Programa Comunidades Resilientes” no Morro do Jardim Carioca, no bairro da Posse

A Secretaria Municipal de Defesa Civil de Nova Iguaçu continua desenvolvendo ações que visam proteger e preservar vidas. Nesta quarta-feira (26), moradores do Morro do Jardim Carioca, no bairro da Posse, receberam a visita das equipes do “Programa Comunidades Resilientes”, que tem por objetivo o desenvolvimento da resiliência em comunidades vulneráveis a desastres. Nele, os moradores destes locais são preparados para prevenir desastres ou reduzir seus impactos quando eles ocorrerem. Até a próxima sexta-feira, mais de 200 famílias devem ser orientadas.

A próxima ação vai acontecer no Morro do DPO e Caioaba. Desde 2017, o programa alcançou 23 comunidades, 1.500 famílias, o que corresponde a 5 mil pessoas.

“Nosso programa visa evitar tragédias e salvar vidas. Identificamos quais áreas são vulneráveis para inundações, enxurradas e movimentos de massa, como deslizamento de terra, como aqui no Morro do Jardim Carioca. Fazemos um primeiro contato com uma liderança do bairro, em seguida, identificamos um Ponto de Apoio, como um local seguro para alocar pessoas em uma situação de vulnerabilidade”, afirmou o superintendente de Defesa Civil, Vilson Santos.

Com o apoio dos líderes comunitários, é aprofundado o conhecimento sobre a região e se estabelece os locais que servirão como Ponto de Apoio e Abrigo Temporário. Os moradores são inseridos em um cadastramento detalhado que informa, por exemplo, o número de famílias, idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Eles recebem orientações e material informativo sobre prevenção e preparação para desastres. Seus telefones celulares são habilitados para receberem as mensagens de alerta da defesa civil e a comunidade é incluída no Sistema de Alerta Comunitário para Chuvas Intensas (AC2I).

As famílias residentes na área de risco são orientadas a saírem de suas casas e se deslocarem através das rotas de fugas estabelecidas até o ponto de apoio em situações de mobilizações preventivas ou emergenciais.

“O programa também avalia o risco das residências. Se tiver alguma casa com risco iminente de colapso estrutural, ela é interditada. A família é encaminhada à Secretaria de Assistência Social, onde pode ter direitos aos programas sociais, como o aluguel social e de habitação”, lembrou Vilson.

A comerciante Débora Correia do Carmo, de 48 anos, destacou que o trabalho da Defesa Civil com o Programa Comunidades Resilientes, pode evitar que moradores sejam vítimas de desastres naturais, como aconteceu com ela e outros seis parentes em 2015, quando teve que deixar sua casa, atingida pelo barro e lama após um deslizamento causado pela chuva.

“Se naquela época tivesse um trabalho como esse da Defesa Civil, poderia ter evitado aquela tragédia. Fomos surpreendidos pela lama na porta de casa. Perdemos a casa e fui morar em Cabuçu. A Defesa Civil faz esse trabalho para conhecer a região e evitar novos desastres. A equipe subiu o morro e orientou a todos”, contou a dona de casa, que ainda tem família no bairro.

No alto do Morro, vive o mecânico Edson de Jesus Lima, de 32 anos. Ele mora com a namorada e duas filhas, de 3 e 7 anos. O jovem foi orientado pela Defesa Civil e terá seu imóvel avaliado, além da possibilidade de benefícios na Secretaria de Assistência Social, como o aluguel social.

“Quando está chovendo fica preocupante morar aqui. Fui orientado a não ficar dentro de casa nos dias de chuva, pois há risco de deslizamento e queda. Esse trabalho de prevenção é importante para não corrermos riscos”, ressaltou.

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