Deputado “caçula” da Alerj tem mais de 30 projetos protocolados

Com uma renovação de quase 50% das cadeiras da Alerj em 2022, os deputados estaduais completaram, neste 1º de agosto, seis meses de mandato e as atenções se voltam agora para os novatos.  Desde que assumiu o primeiro mandato, com mais de 54 mil votos, o deputado estadual Andrézinho Ceciliano, de 25 anos, o mais jovem desta legislatura, já ultrapassou 30 projetos de lei protocolados sobre diversos temas.

Entre os projetos que assina, estão o que cria um protocolo de proteção contra assédio sexual em bares; o que proíbe a contratação de pessoas condenadas por fake news; e o que prioriza o primeiro emprego nas empresas beneficiadas por incentivos fiscais no Rio.

“Desde o primeiro dia, montamos uma equipe multidisciplinar para que a nossa atuação reflita justamente as necessidades de todo o estado do Rio. Eu acredito que o mandato de um político deve ser, no final das contas, um instrumento para a melhorar a vida das pessoas. A gente tem que estar atento o tempo todo”, explica o deputado.

A atuação política de Andrézinho já rompe as fronteiras do estado. Em julho, durante o recesso parlamentar, Andrézinho foi à Brasília discutir a transferência dos beneficiários do Supera RJ para o Bolsa Família. O programa estadual, que vai ser extinto pelo governo do Estado, chegou a beneficiar quase 500 mil famílias.

“A gente apresentou o cadastro das pessoas que recebiam o Supera RJ para a equipe técnica do ministério. A bola agora está com eles, que vão analisar tecnicamente como e se é possível fazer essa migração”, disse Andrézinho após reunião no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Um dos projetos que o deputado mais se orgulha de ter protocolado é o que incentiva a contratação do primeiro emprego de jovens de até 29 anos, tornando-a uma exigência para as empresas que são beneficiadas por incentivos fiscais.

“A juventude é a mais afetada pelo desemprego no Rio de Janeiro e no Brasil, chegando a 18%, enquanto a taxa geral é de 8%”, comenta o deputado. “É essa  juventude que precisa trabalhar para poder estudar, pagar sua faculdade ou um curso técnico, além de contribuir com a renda da casa. O emprego na mão do jovem fortalece a renda de toda a família”, defende.

 Sotaque carioca, baile funk e “caô”

As pautas da juventude, da cultura de rua e da internet fazem parte não só do cotidiano pessoal do deputado, mas também da sua atuação política. Andrézinho Ceciliano assina dois projetos de lei para reconhecer como Patrimônio Cultural do Estado do Rio os bailes funks e o “sotaque carioca”

“São reconhecidos mundo afora, é um som inigualável… tem quem odeie, mas tem quem goste muito”, brinca o deputado ao falar das festas nas favelas e do sotaque que troca o “s” pelo “x”.  Ele também entrou como coautor em dois projetos para fortalecer a cultura do Hip-Hop e das batalhas de rima nas escolas.

“A ideia é reconhecer a cultura que está no nosso cotidiano, no nosso dia-a-dia. Faz parte da identidade do carioca, até mesmo de toda a região metropolitana, e com certeza da Baixada. É reconhecer o que é nosso, da gente pra gente”, diz.

O deputado também assina um projeto de lei “para combater o caô”, como ele mesmo brinca. “Na verdade, é um projeto para fortalecer o combate às fake news. A ideia é que as pessoas que foram condenadas na Justiça por esse crime não possam assumir ser nomeadas para nenhum cargo público”, explica.

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