Por Miguel Ribeiro

Os aprendizados da pandemia mostraram que pensar coletivamente é o principal desafio do presente e do futuro. A saúde pública universal e gratuita do Sistema Único de Saúde nunca foi tão crucial para que pudéssemos defender a vida e imunizar nossa população. O trabalho ganhou também muitas possibilidades. Vieram as reuniões online (e muitas continuam assim), o comércio digital cresceu e as redes sociais oferecem diversas ferramentas para quem montou seu negócio próprio. Tudo é compartilhado, curtido, comentado. A propaganda boca a boca, também pode ser feita clique a clique. O mundo em rede, o mundo coletivo.

A experiência do artesanato mostrou que muita gente precisou se reinventar e ampliar suas plataformas de vendas. O empreendedorismo foi um dos agentes da recuperação da economia brasileira, pós-pandemia. Uma pesquisa Global Entrepreneurship (Empreendedorismo) Monitor de 2021, realizada pelo Sebrae, em parceria com o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade, mostrou a força dos pequenos negócios. De 47 países, o Brasil ocupa a quinta posição entre os mais empreendedores do mundo. O mais interessante, é que o estudo mostrou que os potenciais empreendedores são pessoas de 18 a 64 anos. Ou seja, montar um negócio pode ser o desejo de primeiro emprego do jovem, um reforço na aposentadoria dos veteranos ou, para todos, uma boa ideia de prosperar a ser desenvolvida e executada.

Outra pesquisa do Sebrae, baseada em dados do IBGE, mostrou que o número de mulheres empreendedoras vem crescendo no Brasil. No terceiro trimestre do ano passado, havia 10,3 milhões de mulheres donas de negócios, o que corresponde a 34% do total de empreendedores. E isso é só o começo. O empreendedorismo feminino cresce nos setores de comércio, economia criativa e serviços gerando empregos dentro dos seus investimentos. Feiras de Artesanato e Gastronomia, Salões de Beleza, Eventos, Padarias, Bares e Restaurantes, Moda e Arte, em muitos casos, mulheres estão na mecânica, na eletrônica, na informática e até mesmo já tomaram um enorme espaço no mundo dos games. Nos Eventos, podemos encontrar todos esses setores reunidos.

Estamos empenhados em Nova Iguaçu, na realização de cursos de capacitação nas áreas do empreendedorismo. Não só cursos, como também palestras e seminários com certificação para que todo cidadão ou cidadã possa ter o direito de receber gratuitamente todo conhecimento necessário nesse setor fundamental da nossa economia. Realizamos Feiras e Eventos como Artesanato, Festival de Artes, Festas do Aipim e da Banana, Feira Iguassú, Tardes de Autógrafos e Exposições para fomentar profissionais de diversos setores e gerar renda e oportunidades. Orientar, qualificar, realizar e dar asas para que o acesso democrático aos serviços públicos possam definitivamente fortalecer os trabalhadores criativos e empreendedores.

Miguel Ribeiro é advogado e presidente da Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu (FENIG)