Fora dos gramados, ex-jogador entra em campo para salvar vidas

O ex-volante do Flamengo, Marcio Guerreiro deixou os gramados e assumiu uma outra missão: a medicina. O ex-atleta teve sua formatura antecipada para que pudesse atuar na linha de frente contra a pandemia do novo coronavírus. O médico iguaçuano atende no Hospital Geral de Nova Iguaçu (Hospital da Posse) e também na Clínica D+ Saúde, em Comendador Soares, onde nasceu e foi criado. Ao lado de Tostão e Sócrates, Dr. Marcio Guerreiro integra o seleto time de jogadores que se apaixonaram pela assistência em saúde.

Nos campos, além da camisa do Flamengo, Marcio defendeu ao longo de 14 anos o Cruzeiro, a Ponte Preta, o Nova Iguaçu Futebol Clube e diversos outros times. Depois de sofrer com contusões, ele resolveu se aposentar ainda jovem, aos 32 anos. Este foi o pontapé inicial para investira na carreira de medicina.

“No futebol, você vive com uma pressão diária, e na medicina não é diferente. Lidar com vidas, é uma responsabilidade muito grande. Apesar de ter iniciado a carreira na medicina diante da maior crise sanitária da história recente eu me sinto muito feliz por poder contribuir de forma positiva neste momento tão difícil”, explica.

Casado com a também medica Nicole Wienen e pai dos pequenos Marcinho, de 6 anos e Maria Carolina, de 2 anos, o médico tem na família apoio integral para continuar investindo na carreira como médico.

“Por ter operado o joelho e por ter tido algumas lesões no tornozelo, sempre fui muito curioso. Queria saber o porquê daquilo acontecer. Via os médicos e fisioterapeutas fazerem o tratamento e sempre perguntava muito. Nesta época minha esposa já era médica. A maioria dos jogadores, quando encerram a carreira, criam uma lacuna, porque viveram para o futebol, mas eu tive muito incentivo de minha esposa e me identifiquei com a medicina”, explicou. 

Com o objetivo de ajudar amigos e conhecidos, o médico tem disponibilizado seu contato telefônico para que eles entrem em contato em caso de sintomas de coronavírus.

“Os dias têm sido muito corridos, mas percebo que alguns pacientes têm medo de contaminação ao sair de casa, então atendo aos telefonemas e desta forma consigo orientar o pacientes que podem ter sintomas leves e manterem o isolamento social com cuidados em casa e até mesmo casos que inspiram maior atenção”, conclui.

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