A saúde de cães e gatos vem recebendo atenção especial por parte da Prefeitura de Duque de Caxias. Desde meados de 2022, os animais têm direito a consultas, exames e cirurgias no Hospital Municipal Veterinário, no Jardim Primavera, que tem batido recordes de atendimentos. Em fevereiro deste ano, foram mais de 5.800 bichos beneficiados, sendo que desde a abertura já foram mais de 34 mil casos.

O atendimento é totalmente gratuito e também contribui com o bem-estar da população, que ganha com o combate a doenças infectocontagiosas. O hospital, que fica às margens da Rodovia Washington Luiz, funciona 24 horas por dia e atende também casos de emergência, o que atrai pessoas de outros municípios. Foi o caso da protetora de animais Rosana Nascimento, de 41 anos, que resgatou uma cadela na rua em São João de Meriti. Ela elogia a rapidez do atendimento. “Resgatei a cadela que estava muito debilitada e precisava de um atendimento de emergência. Aqui vimos que ela estava com um feto morto e foi logo operada”, conta a protetora.

A capacidade de resposta rápida para situações de emergência como essa é proporcionada em grande parte pela atuação do Centro Cirúrgico do hospital, estruturado com três salas. Enquanto em uma delas, são realizadas as operações, as outras são dedicadas ao trabalho pré e pós-operatório. Entre setembro do ano passado e até o início de março deste ano, já foram realizadas mais de 1.600 cirurgias no lugar.

Mas nem todos os casos exigem intervenções cirúrgicas. Os animais passam por uma triagem e dependendo dos sintomas são indicados os exames necessários. O hospital está equipado para realizar raio-x, ultrassom, ecocardiograma e hemograma, entre outros. O laboratório da própria unidade emite os laudos.

De mãos dos resultados, os veterinários podem receitar medicamentos para serem utilizados em casa ou indicar a medicação no próprio ambulatório local.

Muitos animais precisam de atendimento por conta de maus tratos, levados até por policiais que recebem denúncias. Acidentes também motivam a entrada dos bichos. Mas são as doenças infectocontagiosas, como a cinomose ou parvovirose, que mais provocam demandas. Tanto que o hospital está equipado inclusive com uma sala para isolamento para os casos mais graves.

“É muito gratificante saber que estamos ajudando a salvar a vida dos animais. Muitos chegam aqui à beira da morte e na maioria dos casos se reestabelecem. Mas temos sempre que reforçar a necessidade de prevenção e de combate aos maus tratos”, diz o diretor do hospital, Leandro Ramalho.