Identidade Negra é tema de encontro em Nova Iguaçu

Um encontro muito especial começou na segunda-feira (22) e continua nesta quinta-feira (25) no Cras Maxambomba. As mulheres atendidas pelos Centros de Referência de Assistência Social da Prefeitura de Nova Iguaçu e o público em geral interessado são convidados a partilhar experiências no evento “Mulheres Discutindo a Identidade Negra”. Parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social com a Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu, a Fenig, e a Secretaria Municipal de Cultura, a ação acontece de 9 da manhã às 2 da tarde. As participantes vivenciam neste Mês da Consciência Negra, palestras sobre direitos da mulher, oficinas de beleza, redação e literatura.

“Para nós, poder receber esse evento é muito gratificante. Nós sabemos como é a luta da mulher negra, do homem negro nessa sociedade desigual. Promover um momento de reflexão da mulher negra é um resgate. Aqui promovemos a coletividade discutindo assuntos únicos que acabam construindo uma identidade”, destacou Kelen Barboza, assistente social, diretora do Cras Maxambomba.

O primeiro dia do evento contou com atividade musical e palestras sobre a história de mulheres negras que mudaram o mundo, identidade feminina e processo de construção da auto-estima, contação de histórias, oficina de artes e criação de estandartes, oficina de maquiagem e auto-cuidado, escrita e produção de rimas e hip-hop.

Marize Conceição, professora da rede municipal e estadual em Nova Iguaçu, mestre e doutoranda, é a idealizadora do encontro. Ela contra que faz um trabalho de construção da identidade com as meninas nas escolas públicas e estende essas ações.

“Acredito que as mulheres podem mudar o mundo. Nós precisamos estar juntas, em rede. Trazer esse trabalho para o Cras com mulheres que têm uma história de vida, muitas em situação de vulnerabilidade social, constrói novas perspectivas. Elas entendem que não estão sozinhas”, reforça Marize.  

O Cras Maxambomba fica na Praça Santos Dumont, no Centro de Nova Iguaçu

Programação – Quinta – Dia 25/11

9h – Palestra 1 – Qual o lugar da mulher no mundo: onde e como eu me posiciono – Palestrante: Mestre em Relações Étnicorraciais Ana Paula de Araujo Gomes Carvalho

 Palestrante: Especialista em Políticas Públicas de Enfrentamento àvPalestra 2 – Rompendo o ciclo da violência contra a mulher.

Violência contra a Mulher e Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência Doméstica Alexandra Domingos Belém Ribeiro

11h – Palestra – Identidade feminina e mídia – Palestrante: Jana Guinond, atriz, pedagoga, produtora executiva do Encontro Internacional Alafiá Mundo

13h – Contação de histórias e workshop: Um encontro ancestral – IalodêCharmite e Gil Salves

14h – Oficinas:

 1- Tranças e turbante – Oficineira: Rosemery Feliciano Candido – Graduação em Pedagogia –UERJ; Especialização em Diversidade Étnica e Educação Superior –UFRRJ

 2- Maquiagem a química da beleza: autocuidado e confiança –  Oficineira: Ketellen Cristina da Costa Soares – estudante de Direito na Universidade Estácio de Sá (5º período); Curso de formação de Professores a nível médio; organizadora de Semana da Consciência Negra junto ao curso de formação de professores do CE Milton Campos

3- A escrita feminina na perspectiva afrofuturista, promovendo o autoconhecimento, a comunicação, estimulando a criatividade e projetando novas possibilidades de futuro a partir da perspectiva africana – Oficineira: Luciene M. Ernesto (Lu Ain-Zaila) – Pedagoga-UERJ. Escritora afrofuturista das obras Duologia Brasil 2408 -(In)Verdades e(R)Evolução (2016-2017), Sankofia (2018) e Ìségún (2019), contos em antologias e tem iniciado pesquisas relacionadas à Educação e Literatura. Trabalhando com a importância de futuros e afrofuturos na vivência escolar de alunos de periferias e margens; tem contos públicos especialmente

14h50 – Encerramento com a apresentação e desfile do resultado das oficinas

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