Mais cores para o bairro Cosmorama

Mais muros estão sendo coloridos pelo projeto Revitaliz’Art em Mesquita. Na Avenida Baronesa de Mesquita, ao lado da futura lona cultural que será inaugurada no Cosmorama, um painel de 30 metros de comprimento por 5 metros de altura está sendo grafitado pelo artista Acme. Os trabalhos começaram na última quarta-feira, dia 2 de dezembro, e a previsão é de que a arte esteja concluída até o próximo dia 18.

“Esse é um desenho muito simbólico. As pessoas vão conseguir identificar um sambista, que também servirá como uma homenagem ao saudoso Dicró, assim como campos de laranjais, canaviais, uma maria fumaça e até a chaminé do BNH”, adianta Acme, que tem 42 anos de idade, sendo 26 deles dedicados ao grafite.

Desde 2017, o projeto Revitaliz’Art em Mesquita abre espaço para que artistas trabalhem a ressignificação dos espaços públicos da cidade a partir de atividades como o grafite. A estreia foi na Estrada Feliciano Sodré, a partir de um extenso mural de arte urbana.

“Essa é uma forma de criar no cidadão mesquitense uma sensação de pertencimento, utilizando elementos que fazem parte da cultura e da história da região, em trabalhos artísticos que também embelezam a cidade. Esse reforço no pertencimento e na identidade do mesquitense é o mote principal do Revitaliz’Art em Mesquita”, explica Kleber Rodrigues, subsecretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo de Mesquita.

Desde que o projeto Revitaliz’Art foi implantado em Mesquita, Acme já foi responsável por alguns dos painéis expostos pela cidade. Mas sua arte pode ser vista também em locais bem mais distantes. “Tenho trabalhos expostos na França, na Argentina e em outros lugares do Brasil e do mundo. É muito importante para os artistas quando espaços como esse são abertos, porque não tem acesso mais fácil à população do que a própria rua”, valoriza Acme, que é carioca e foi criado na favela do Pavão-Pavãozinho, na Zona Sul do Rio.

Acme sempre soube que sua vida seria dedicada à arte. Mas, para alcançar seu sonho, precisou se aventurar em outras profissões até que se estabelecesse no grafite. Ele passou a infância engraxando sapatos e, na adolescência, vendia bolos pelas praias cariocas. “Desde muito pequeno, eu já gostava de rabiscar desenhos. Foi o grafite que abriu meus horizontes para a arte urbana”, recorda.

Lona cultural

A previsão da Subsecretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo de Mesquita era inaugurar a lona cultural da Avenida Baronesa de Mesquita ainda em 2020. A pandemia do novo coronavírus, no entanto, acabou atrasando os planos. “O momento é de evitarmos aglomerações. Mas tão logo seja possível, os mesquitenses ganharão mais esse espaço de cultura e lazer para a cidade”, avisa Kleber. 

FOTO Yuri Mello/PMM

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