Obesidade infantil é tema de entrevista com pediatra da Unimed Nova Iguaçu

No mês de conscientização da obesidade na infância, o Brasil acende um sinal de alerta. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescimento anual, até 2035, da obesidade infantil no Brasil é de 4,4%, o que é classificado como nível muito alto. Nas crianças, já são 6,4 milhões com sobrepeso e 3,1 milhões com obesidade no país. Essa alta prevalência acarreta diversas outras complicações e doenças. Para falar um pouco mais sobre o assunto, a Unimed Nova Iguaçu entrevistou a cooperada pediatra, Dra. Taissa Castanha Bonoso. 

O que é obesidade?  

A obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura corporal em crianças com até 12 anos. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma pessoa é considerada obesa quando o Índice de Massa Corporal (IMC) está acima de trinta. A obesidade infantil ganhou o status de epidemia, em decorrência do aumento do número de crianças obesas em todo o mundo. Hoje ela é considerada um grave problema de saúde pública. No Brasil, segundo o IBGE, uma em cada três crianças de cinco a nove anos estão acima do peso.  

Como os pais podem monitorar essa informação? 

Na caderneta de vacinação infantil temos o gráfico de IMC (Índice de Massa Corporal) que é uma importante informação a ser acompanhada pelo médico pediatra nas consultas de rotina. O cálculo é muito simples: peso dividido pela altura ao quadrado. Dessa forma, é possível verificar a evolução da criança, fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento específico, se for o caso.  

Por que a obesidade infantil é grave? 

Quando falamos de crianças, o cenário se torna mais grave porque a saúde começa a sofrer mais cedo com os problemas causados pelo sobrepeso em uma fase da vida em que a criança deveria estar em pleno desenvolvimento físico. A criança obesa tem mais facilidade de desenvolver doenças severas: hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes, aumento do colesterol e do triglicerídeos. Também precisamos considerar as questões psicológicas, como a baixa autoestima, o isolamento social e os transtornos alimentares.  

Como prevenir o problema?  Há uma frase que para mim faz todo o sentido: todos nós devemos descascar mais e desembalar menos, ou seja, adotar hábitos alimentares mais saudáveis e eliminar os produtos industrializados. É necessário estimular a alimentação saudável dentro e fora de casa, além da prática regular de atividade física, como nadar, caminhar, andar de bicicleta, jogar futebol, dentre outros esportes. Tudo isso trará melhorias importantes para a vida das crianças. Os pais também precisam dar bons exemplos e levar os filhos às consultas periódicas ao pediatra. Fundamental ressaltar que todo cuidado é um ato de amor.  

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