Pela primeira vez megablocos  terão barreiras de segurança no Rio

Pela primeira vez na história do carnaval carioca, os sete megablocos do Rio terão a presença de barreiras de segurança nas ruas: a ideia é coibir quem queira entrar na área dos blocos com garrafas de vidro e armas brancas. Essa ação será feita pela Polícia Militar com a Guarda Municipal. São 24 pontos de controle, sendo 20 de revista com detectores de metais e quatro de bloqueio de pessoas. A inspiração, segundo a prefeitura, veio da festa de Salvador, na Bahia. Os bloqueios começarão a partir das 4h. A informação foi dada nesta sexta-feira, numa coletiva para divulgar os detalhes da operação dos órgãos públicos para a folia deste ano.

“A medida já vai ser tomada no próximo domingo, quando o bloco de Cláudia Leitte estreia na festa do Rio de Janeiro. Serão proibidos: garrafas de vidro, bandeiras, bicicletas, patinetes, sprays, carrinhos de alimento, artefatos explosivos, materiais perfurocortantes e fogos de artifício. Nós também vamos ter os “mochilinks”, que vão transmitir em tempo real para o Centro de Operações tudo que ocorrer nos blocos de rua espalhados pela cidade”, afirmou o secretário Felipe Michel, que está à frente da megaoperação do carnaval deste ano.

Segundo ele, a festa deste ano apresenta números que mostram sua grandiosidade: são 383 blocos, com 408 desfiles. Até este sexta-feira, 32 cortejos ainda estão com pendências na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros. São 7 megablocos, 18 mil metros de cercamentos, 34 mil banheiros químicos, sendo 580 acessíveis, e 811 câmeras espelhadas pela cidade. Serão empregados um efetivo de 6.055 guardas municipais nas ações de patrulhamento. Além disso, 76 bairros têm carnaval oficial. “O carnaval deste ano pode ser o melhor e maior de todos os tempos. Um exemplo é o Sambódromo, se comparamos como era e como ele está agora. São R$ 27 milhões de investimento dos patrocinadores”, disse o presidente da RioTur, Marcelo Alves.

A coletiva também marcou o lançamento do Comitê de Operação do carnaval 2020, que funcionará na sala de crise do Centro de Operações Rio (COR), da prefeitura, nos moldes da Copa do Mundo e da Olimpíada, entre os dias 8 de fevereiro e 1º de março, para integrar todos os órgãos envolvidos. “Será um carnaval de excelência. Uma festa no padrão dos grandes eventos, com 24 horas de comunicação entre os órgãos. A equipe que atuará nesse comitê ficará baseada dentro do COR. Queremos olhar no dia 1º de março e dizer que foi a maior operação já feita pela prefeitura”, afirmou Michel. “Nós queremos ter orgulho disso”.

O evento teve a presença do secretário Felipe Michel, responsável pela operação do carnaval, de representantes dos órgãos envolvidos no carnaval, como COR; Riotur; Secretarias municipais de Transportes, de Ordem Pública, de Saúde e de Fazenda; CET-Rio; Comlurb; Guarda Municipal, PM; Corpo de Bombeiros; VLT e Metrô Rio, entre outras entidades e concessionárias.

Presidente da CET-Rio, Airton Ribeiro disse que cerca de 60% dos blocos acontecem no Centro e na Zona Sul do Rio. Segundo ele, o fim de semana dos dias 22 e 23 de fevereiro será o mais intenso: com 110 desfiles, o que precisará de mais atenção.“Vamos empregar 320 operadores por dia, com 32 painéis de informações e 4,5 mil cones e bombonas, além de 400 faixas e galhardetes com informações de trânsito”, disse Airton.

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