Há pouco mais de dois meses, a Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Nova Iguaçu, transformou-se no berço de um evento que caiu no gosto da população. A Feira Iguassú teve sua terceira edição neste domingo (15), e recebeu centenas de pessoas que aproveitaram para fazer compras de Natal e curtir música e apresentações. Foram inúmeras opções de gastronomia, agricultura, artesanato, arte, moda e cultura.
A Feira Iguassú já é um evento referência na Baixada Fluminense. Foi planejada pela Prefeitura – por meio das Secretarias Municipais de Cultura, Meio Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, de Assuntos Estratégicos, Ciências da Tecnologia e Inovação, e a Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu (Fenig) -, nos moldes da Feira de Lavradio, no Centro do Rio. O objetivo do evento é reunir empreendedores, fortalecer o comércio local e oferecer uma opção de lazer e entretenimento à população.
“A Feira Iguassú é um evento que veio para ficar. Ela mexe com a autoestima do iguaçuano, desenvolve a economia e coloca Nova Iguaçu no patamar de grandes capitais. Isso é bacana, pois a cidade acaba sendo valorizada e tratada pela importância que tem”, destaca o secretário de cultura, Marcus Monteiro. “Nova Iguaçu é uma grande cidade, com milhões de habitantes, que tem essa centralidade não só na Baixada, mas em toda região metropolitana”.
Uma das barracas que faz muito sucesso com o público é a de bonecas inclusivas. A expositora Sônia da Silva, de 55 anos, conta que decidiu dar vida a este projeto para mostrar às pessoas que a inclusão é sim, uma solução. “Eu trabalho a inclusão e as diferenças. Vejo isso como uma maneira diferente e acolhedora para as pessoas. Participei, na semana passada, de um evento e saí de lá ainda mais motivada, com muitas ideias. Que 2020 me segure, pois venho com tudo!” garante a artesã, diante de sua coleção com bonecas de todas as formas: negras, com vitiligo, albinas, cadeirantes, transplantadas, com prótese e Síndrome de Down.
Ao lado de Sônia, a aposentada Regina Helena, de 61 anos, aproveitou a feira para garantir a compra de jogos terapêuticos. Ela elogiou o trabalho da artesã. “O que ela faz é importantíssimo, pois poucas pessoas conhecem essa parte da inclusão. Então a evolução neste tipo de cuidado, com trabalhos como esses, são fundamentais para que entendamos que todos somos iguais”, ressalta Regina.
Renda extra é sempre bem-vinda, principalmente neste fim de ano. Por esta razão mais de 90 expositores aproveitaram a Feira Iguassú para ter um complemento no orçamento. Como no caso de Rosângela Ribeiro, de 48 anos. Ela trabalha com lembrancinhas artesanais e participa pela segunda vez da feira. “É um dinheiro que a ajuda bastante. Muito bom poder apresentar o meu trabalho e receber por isso. Sem dúvida, eu vou trabalhar na feira em todas as edições”, comemora ela.
O professor Paulo Gustavo, de 37 anos, aproveitou as várias opções de gastronomia oferecidas na feira. “Esse evento é maravilhoso e sem igual. Eu procuro vir sempre, e quando tem, nem faço comida em casa. Trago a família para termos um programinha diferente”, disse ele ao lado da filha e da esposa.
A Feira Iguassú acontece nos segundos sábados de cada mês. Em função das chuvas da última semana, precisou ser transferida para este domingo. Em janeiro, a feira vai fazer uma pausa e retorna no dia 8 de fevereiro.