Mulheres vão às ruas de Nova Iguaçu pelo fim da violência doméstica

A Superintendência de Políticas para Mulheres (SPM), órgão ligado à Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), participou de uma caminhada pelas ruas do Centro de Nova Iguaçu. O evento ocorreu na manhã desta quarta-feira (31) e teve como objetivo chamar a atenção da população para o Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Gritando palavras de ordem, cerca de 150 mulheres marcharam da Praça Rui Barbosa até a Praça Santos Dumont. O cortejo contou ainda com a presença da banda do 4º GBM.

A ação encerrou uma série de atividades realizadas pela SPM ao longo de agosto. Nas últimas semanas, foram promovidas palestras nos CRAS, CREAS, escolas e faculdades em toda a cidade, além de cafés da manhã e rodas de conversa que abordaram a violência doméstica e as alterações na Lei Maria da Penha.

Segundo a secretária municipal de Assistência Social, Elaine Medeiros, a melhor forma de minimizar a violência doméstica é por meio da informação. “Cada vez mais mulheres estão tendo conhecimento do que é a violência. Muitas delas entendem apenas a agressão física como violência e só compreendem que vivem relacionamentos abusivos quando participam de eventos como estes”, relata Elaine.

A superintendente de Políticas para Mulheres Miriam Magali vai além e faz um alerta para a escalada da violência em direção ao feminicídio. “Além da violência física, existe a psicológica, moral, patrimonial e sexual. Todas elas abrangem a Lei Maria da Penha e acontecem de forma gradativa até que culminem com o feminicídio”, explica Miriam, que orienta as vítimas de violência física a ligarem imediatamente para a Central de Atendimento À Mulher. “As agressões são um risco iminente, então é fundamental que a mulher peça ajuda discando o número 180. Para outros casos, basta ir à SPM. Ela será acolhida e não estará mais sozinha”, garante a superintendente.

A SPM fica na Rua Terezinha Pinto, nº 297, Centro de Nova Iguaçu. O prédio abriga a Casa da Mulher e oferece atendimento psicológico e jurídico, além de promover cursos de qualificação, artesanato e defesa pessoal.

Fotos: Alziro Xavier/PMNI

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