Alerj doa 60 mil máscaras a comunidades em dia de mobilização

Nesta quarta-feira (11), Dia Estadual de Mobilização para Enfrentamento à Covid nas Favelas, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) doou 60 mil máscaras a movimentos sociais do estado, durante encontro de lideranças comunitárias com parlamentares, representantes de universidades e agências públicas. O grupo discutiu meios de implementar projetos de incentivo à produção econômica e social nestes territórios. A agenda faz parte da mobilização para divulgar o edital da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que vai financiar ações relacionadas ao combate do coronavirus nas áreas vulneráveis. O Parlamento fluminense destinou R$ 20 milhões a este projeto.

 “As favelas e periferias são locais com um enorme potencial de produção cultural e econômica e é importante que se apoiem as iniciativas que já estão acontecendo. Aproveitamos o encontro também para repassar às lideranças as máscaras que nos foram doadas pelo Consulado Chinês à Alerj. Estamos repassando esse material a quem mais necessita”, afirmou o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT).

O encontro fez parte da agenda de ações realizadas em todo o estado para marcar o Dia de Mobilização, incluído no Calendário Oficial do Estado pela Lei 9.186/21, de autoria da deputada Mônica Francisco (PSol). Participaram os presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania Renata Souza (PSol) e do presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Waldeck Carneiro (PT), coautores da lei que efetivou a doação à Fiocruz. Os eventos incluíram debates, distribuições de livros e brinquedos e os chamados “grafitaços”.

“Esta é uma oportunidade inédita de termos diferentes representações da favela e da periferia debatendo com o Poder Público formas de investimento em projetos desenvolvidos pelas pessoas desses espaços”, destacou a deputada Renata Souza (PSol).

Para Waldeck, foi um encontro histórico: “É um marco justamente por ser o primeiro ano dessa ação, mas também por trazer esses representantes para o centro desse debate”.

Também participou da reunião o presidente da Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj), José Roberto Gifford, que destacou a importância de contemplar projetos culturais das periferias, podendo inclusive destinar parte dos editais de fomento a serem lançados em 2021.

“São editais que temos que abrir para todo o estado, mas podemos destinar uma parte das vagas a projetos de determinadas localidades. A principal atribuição da Funarj é criar política pública cultural, criar oportunidades”, explicou Gifford.

Para a representante das Redes da Maré, Pâmela Carvalho, o encontro abre novas possibilidades para que as favelas estejam cada vez mais inseridas nos debates das políticas públicas. “O nosso objetivo é pensar que as favelas não são só um lugar de periferização. Elas devem ser vistas como centros de produção cultural”, finalizou.

A líder do Movimenta Caxias, Alexandra Mércia, destacou o potencial da comunidades.

“A favela conseguiu construir muita coisa em meio ao caos da pandemia e ter um dia para mobilizar essa luta é muito importante. O nosso território, mesmo vulnerável, é capaz de produzir ações incríveis quando estamos unidos”, disse.

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