CPI dos trens: Supervia diz que tarifa poderá ficar abaixo de R$ 6

A tarifa dos trens da Supervia poderá ficar abaixo dos R$ 6, segundo informou o diretor-presidente da concessionária SuperVia, Antônio Carlos Sanches, durante audiência pública realizada, nesta segunda-feira (21/03), pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que investiga as causas da precariedade no serviço de transporte público.

 “Estamos em negociação com o governo e a Agetransp, mas este valor ficará abaixo de R$ 6, apesar de não termos um número fechado”, declarou Sanches.

 O reajuste autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) para ocorrer este mês, e que está sendo questionado na CPI, foi dos atuais R$ 5, para R$ 7. A proposta para reduzir o aumento passa pela mudança do índice de indexação do contrato. O cálculo, atualmente, é feito com base no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), e a sugestão é de que a empresa adote o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 A assessora-chefe do Gabinete do Governador, Priscila Sakalem, confirmou aos deputados que o Governo do Estado está estudando implementar uma tarifa social, conforme recomendado pela Agetransp, com um valor do modal inferior a R$ 6. “Os valores serão reajustados, a partir de agora, de acordo com este índice (IPCA) até que se chegue a um aumento compatível com os custos do setor ferroviário”, afirmou.

De acordo com o relator da CPI, deputado Waldeck Carneiro, se a tarifa saltasse de R$5 para R$ 6, já representaria um aumento de 20% no valor. “Nenhum trabalhador, em 12 meses, teve essa majoração salarial. Eu sugeri, desde o primeiro momento, que se levasse em conta o IPCA, que no último ano acumulou o índice de 10,54%, o que elevaria a tarifa a R$ 5,50, lembrando que pagar R$ 5 já é difícil para o usuário de trens”, disse o parlamentar.

 O secretário de Estado de Transportes, André Luiz Nahass, afirmou que não participa das negociações a respeito do reajuste tarifário por ter trabalhado na SuperVia até o ano de 2012. A ausência do secretário nas negociações foi criticada pelos parlamentares, que também cobraram a falta de reuniões do Conselho Estadual de Transportes e Logística, presidido por Nahass.

FOTO Octacílio Barbosa/Alerj

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