Detran.RJ faz identificação de pacientes resgatados em condições degradantes em clínica de Nova Iguaçu

O Detran.RJ realizou nesta quinta-feira (13/07) a identificação civil de idosos, pacientes psiquiátricos e usuários de drogas resgatados de uma clínica particular interditada na segunda-feira em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Vítimas de agressões, maus-tratos e cárcere privado, muitos desses pacientes não tinham identificação alguma, o que exigiu a realização de pesquisa datiloscópica para descobrir se eles têm registros na base de dados do Detran.RJ.

O atendimento, por solicitação do Ministério Público do Estado, foi realizado no Espaço Municipal da Terceira Idade, unidade da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Nova Iguaçu, para onde foram levadas 112 vítimas após a interdição da clínica Centro de Tratamento Ribeiro. Dessas, 18 estavam sem documentos e precisaram ser identificadas para poderem ser devolvidas às famílias. De alguns pacientes psiquiátricos não se sabia sequer o primeiro nome, tal a gravidade da situação de saúde em que foram resgatados.

O Detran.RJ montou três pontos de atendimento na unidade da Prefeitura, com identificação em tempo real através de coleta de biometria e fotos. Os dados foram enviados pela internet à sede do departamento. “O Detran.RJ exerce um serviço social muito importante. Em casos como esses, nossa atuação é fundamental para que essas pessoas possam ser identificadas e reintegradas à sociedade”, disse o diretor de Identificação Civil do Detran.Rj, Pedro Paulo Thompson.

“Precisamos devolver todos esses pacientes às suas famílias. Estamos tentando entrar em contato com todos os parentes, mas sem qualquer identificação nosso trabalho fica quase impossível. A colaboração do Detran.RJ é muito bem-vinda”, afirmou a secretária de Assistência Social de Nova Iguaçu, Elaine Medeiros.

Os pacientes resgatados em condições sub-humanas no Centro de Tratamento Ribeiro deram depoimentos à polícia e passaram pelo Instituto Médico-Legal antes de serem levados para o espaço de acolhimento municipal. De alguns dos pacientes sabia-se apenas o nome, sem qualquer outro dado como idade, filiação, endereço ou nome dos responsáveis. Muitos vieram de cidades distantes do Estado do Rio, até de outros estados, como Minas Gerais.

Foto: Alexandre Simonini

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