Em comício para milhares de pessoas em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o presidente Lula convocou o eleitorado do estado a votar em André Ceciliano para o Senado. Lula destacou a competência e a sensibilidade de André, da Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) para tratar de temas que beneficiam diretamente a população. O candidato ao governo do Rio, Marcelo Freixo, também voltou a declarar apoio ao nome do petista ao senado.

“Temos que eleger nosso companheiro André Ceciliano. Precisamos eleger alguém que tenha competência e sensibilidade para, no Senado não, só ajudar o presidente, mas para aprovar as leis que interessam ao povo brasileiro” disse Lula.

“É importante saber que o presidente da República tem um time e esse time são os deputados, as deputadas e senadores que estão conosco. Nós precisamos deles, inclusive, para desfazer tudo aquilo que eles fizeram, todos os direitos dos trabalhadores que eles destruíram e que nós vamos recuperar”, completou o candidato à presidência.

“Ergue essa cabeça e vamos ganhar essa eleição com Lula e vamos ganhar essa eleição com André Ceciliano para o Senado”, disse Marcelo Freixo.

Surpreendendo os apoiadores, a ex-presidente Dilma Rousseff participou do ato. Ela também destacou a importância do voto em André Ceciliano, que foi ovacionado pelo público.

“Nessa eleição, a gente tem de valorizar muito os nossos deputados federais e senadores, daí a importância de eleger um senador como o Ceciliano”, disse Dilma.

Emendas do Romário

André Ceciliano também fez críticas à propaganda eleitoral do Romário, que busca a reeleição como Senador. Tendo como base o Portal da Transparência, o candidato afirmou que os valores destinados ao Rio de Janeiro são bem menores do que os divulgados pelo atual senador.

“O Romário é senador há oito anos e agora ele fala mentiras na televisão, fala que trouxe mais de R$ 400 milhões para o Rio. Ele empenhou R$ 113 milhões e liberou R$ 52 milhões. Isso é muito pouco para quem está lá há oito anos”, criticou.

Críticas ao Bolsonaro

O ato foi marcado por diversas críticas ao presidente Jair Bolsonaro, em especial relacionadas à falta de investimentos no Rio de Janeiro, ao avanço da fome, à má gestão da pandemia e ao incentivo à violência. Crítico à falta de ações do governo federal no Rio de Janeiro, André disse que, no Senado, vai trabalhar para a retomada de investimentos em diversas áreas.

“Não tem um único real que esse presidente que está aí trouxe para o Rio de Janeiro. Pior, no momento mais difícil que vivemos, na pandemia, quando o brasileiro estava morrendo nos hospitais, ele imitava o povo sem ar. Ele não tem coração, presidente Lula. Ele só fala de arma. No casamento do senhor, o frei falou ‘Cristo disse amai-vos uns aos outros e não armai-vos uns aos outros”, lembrou André Ceciliano.

Além de citar os cortes do orçamento da Educação no país, ex-presidente Lula ainda disse que Bolsonaro se apropriou das comemorações do 7 de setembro para financiar a campanha eleitoral mais cara da história do Brasil. “Hoje não temos pedalada fiscal, hoje temos uma motociata”, reiterou o ex-presidente ao falar sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff. “São as motocicletas, na verdade, fazendo com que esse governo gaste a maior quantidade de dinheiro que já foi gasta na história desse país. Se a gente pegar a história do Brasil, desde a proclamação da República em 1889 até os dias de hoje, se a gente somar todos os gastos que os presidentes fizeram com campanha eleitoral, tenho certeza que todos os presidentes juntos não gastaram 10% que esse candidato está gastando nessas eleições”, disse Lula.

Propostas para a Baixada

André Ceciliano e Marcelo Freixo defenderam propostas não só para melhorar a economia do Rio, como beneficiar diretamente a população da Baixada Fluminense. Uma delas é a retomada das obras federais no Rio de Janeiro, como a do Arco Metropolitano, que envolve trechos das rodovia BR-493 e BR-116, cortando nove municípios da Baixada Fluminense.

“O arco já foi a esperança da Baixada Fluminense e hoje é a rodovia do medo, a rodovia que está abandonada”, disse André. “Precisamos voltar com o polo petroquímico de Itaboraí, terminar a refinaria, precisamos retomar a indústria naval e dar dignidade ao nosso povo que sofre na fila do tal do SISREG. Temos a maior rede de hospitais federais do Brasil e a gente precisa reformar essa rede de hospitais, equipá-las, contratar recursos humanos e valorizar o profissional da saúde. Com Lula e Freixo, nós temos o compromisso de zerar a fila do SISREG”, disse André.

“O arco foi inaugurado em 2014 e não tem um único poste funcionando. Nós vamos ganhar o governo do Rio de Janeiro e vamos trazer as empresas pro arco metropolitano para gerar emprego para quem mora na baixada fluminense. O emprego tem que ser gerado aqui, Lula, é isso que a gente precisa garantir para esse povo”, completou Marcelo Freixo.

Freixo também fez críticas à SuperVia e prometeu melhorias para os trabalhadores da Baixada que usam o trem para trabalhar na capital.

“A gente precisa do Governo Federal para investir no trem, para garantir que ele volte com o expresso, que cada estação seja reformada para tratar esse povo com dignidade. A SuperVia passa por 11 municípios, são 270 km de linha férrea, esse povo depende muito da SuperVia e o que a gente tem hoje é um descaso permanente”, disse o candidato a governador.

Participaram do ato Ludimilla Ceciliano, Antonia Pellegrino, companheira de Freixo, e Janja, esposa de Lula. Também estavam no palco a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro Aloizio Mercadante, além de outros candidatos da esquerda, como Andrezinho Ceciliano, Ricardo Lodi, Marina do MST, Talíria Petrone, Enfermeira Rejane e Washington Quaquá.

Fotos: Anderson Coutinho

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