Muito além do futebol

Nos últimos tempos, a frase “Não é só futebol” se tornou corriqueira, mas em muitas situações essa afirmação não é apenas um clichê. Isso ficou comprovado pelas jovens Maria Eduarda Diniz e Yasmin Ramos, atletas de futsal e alunas do Elite Rede de Ensino, durante a recém-encerrada edição dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs).

Nascida em origem humilde, no bairro Boa Esperança, em Nova Iguaçu, Maria Eduarda jogava futebol de campo no projeto social Semear, comandado pelo professor Fabio William, que também é técnico do futsal feminino do Elite (categoria 15 a 17 anos). Filha do motorista de van Sidney Diniz e da faxineira Claudia Pereira, a jovem foi observada por Fabio e por outros membros da equipe de esportes da escola. Devido ao seu desempenho dentro e fora dos campos, Maria, que já demonstrava gosto pelo estudo, foi convidada para ser aluna bolsista do Elite Rede de Ensino.

Maria Eduarda, que joga como fixa no futsal, agarrou a chance com unhas e dentes. Hoje, a estudante está no 9º ano militar da unidade de Nova Iguaçu e pensa na carreira militar, mas também sonha com o futebol profissional, seja nas quadras ou nos gramados. Além de jogar pelo colégio, a jovem de 14 anos está nas categorias de base de futebol de campo do Barcelona Esporte Clube, do Rio de Janeiro. 

“O esporte e o estudo se complementam. O futsal me ajuda na escola e os estudos me ajudam em quadra. O futsal me auxilia bastante. Graças à prática esportiva posso ter um estudo de qualidade”, afirma Duda.

Alinhamento é fundamental

Professor e técnico do futsal feminino do Elite (categoria 12 a 14 anos), Valmir dos Santos salienta a relevância da combinação entre esporte e escola. “Muitas alunas têm o sonho de serem atletas profissionais, mas sempre destaco que sem uma base escolar e acadêmica as chances são muito menores. Alinhar esporte e estudo é primordial. São aspectos que caminham juntos. No esporte, a pessoa precisa do intelecto e, na escola, o aluno precisar enxergar o jogo para interpretar o texto”.

Yasmin Ramos, do  ano do Elite Campo Grande II, é outro exemplo de que dá para ser boa em quadra e em sala. A estudante joga futsal pelo colégio há dois anos e participa do projeto de parceria entre o Sogima Futebol Clube, do Rio de Janeiro, e a Cabofriense no futebol de campo. “Penso em ser jogadora profissional de futebol. O futsal ajuda muito na formação de um atleta de campo com agilidade. Cheguei a fazer ballet, mas não é a minha praia. Em seguida fui para o futsal e adorei”, conta Yasmin, que joga na posição de ala.

Yasmin, que tem 12 anos, também comentou que a prática esportiva colabora em sua disciplina e rotina de estudos. “Minha mãe sempre fala, sem estudo não tem carreira”.  Alinhando incentivo aos esportes a um ensino de excelência, o Elite ficou entre os oito melhores colocados no torneio de futsal feminino do JEBs.

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