Profissionais de educação da rede municipal de Nova Iguaçu fizeram uma manifestação na manhã desta quinta-feira (10/02) em frente ao prédio onde mora o prefeito Rogerio Lisboa. Na pauta de reivindicações, além da recomposição salarial que teve perda de quase 30% nos últimos cinco anos e incorporação do abono do Fundeb, eles solicitam uma audiência com o prefeito, que não recebe representantes da categoria desde 2018.

Segundo a representante do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação – Núcleo Nova Iguaçu, Naira Fois, o prefeito concedeu um reajuste de apenas 6% para a categoria, percentual muito abaixo da perda inflacionária dos últimos anos.

“Um grande exemplo dessa perda são os Agentes de Desenvolvimento Infantil que atuam nas creches. Mesmo com esse reajuste, eles continuam recebendo abaixo do salário mínimo vigente. Isso é inadmissível”, explicou ela.

As condições das escolas também estão na pauta de reivindicações. Profissionais alegam que muitas unidades estão com turmas acima da capacidade, com alunos aglomerados, sendo praticamente impossível seguir as medidas de prevenção à Covid-19.

“No ano passado, o município teve um aumento de 30% nos recursos do Fundeb. Esses recursos precisam ser investidos no setor”, explica Naira.

Na quarta-feira (09/02), os profissionais fizeram uma manifestação na Prefeitura, mas não foram recebidos.

Questionada sobre as reivindicações da categoria, a Prefeitura enviou a seguinte nota:

“A Prefeitura de Nova Iguaçu esclarece que, proporcionalmente, remunera os professores da carreira P1 da rede municipal com salário acima do novo piso nacional. A hora/aula para profissionais do município é de R$ 118,04 (valor já acrescido de 6% de aumento aprovado esta semana pela Câmara Municipal), enquanto o piso nacional de R$ 3.845,63 representa R$ 96,14 por hora trabalhada. 

Quanto aos professores da carreira P2, a hora/aula de R$ 89,94 ficou abaixo do novo valor estabelecido pelo Governo Federal. Como foi amplamente noticiado, essas alterações têm impacto direto no orçamento dos municípios e Nova Iguaçu já está elaborando um estudo de impacto financeiro para se adequar ao novo piso.

Com relação às cobranças por melhorias na infraestrutura das escolas, a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e a Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEMIF) têm projeto de reforma e manutenção de todas as 143 escolas da rede e vêm realizando as obras de forma gradativa. Sobre a merenda escolar, a SEMED esclarece que oferece cardápio diversificado aos alunos, com carne, legumes, frutas e verduras, preparado de acordo com orientação de nutricionistas.”

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