Dia Nacional do Surdo é comemorado  em escola de Nova Iguaçu

Mais de 40 alunos com deficiência auditiva participaram de palestras em homenagem ao Dia Nacional do Surdo, comemorado nesta quinta-feira (26), na Escola Municipal Monteiro Lobato, no Centro de Nova Iguaçu. A atividade foi realizada pela Secretaria Municipal de Educação e contou com oficinas interativas e confraternização entre estudantes de vários segmentos, pais e professoras intérpretes. Atualmente, a rede de educação da cidade conta com 65 alunos surdos e seis escolas com atendimento de Interpretes e uma como Polo de Surdez.

Pela manhã a palestra foi conduzida pela psicóloga Lucineide Querino, que falou sobre os casos de depressão e suicídio que também afetam pessoas com deficiência auditiva e seus pais. À tarde, aconteceram outras palestras, com os temas: ‘Porque comemorar o Dia do Surdo?’, ‘Surdocegueira – formas de comunicação’ e ‘Praticando a empatia’ e no turno da noite ‘Professoras Intérpretes de Libras’.

“Começamos a ganhar visibilidade quando pessoas públicas começaram a se comunicar através de libras como o jogador do Flamengo, o Gabigol, que passou a se expressar desta forma em suas comemorações. Isso é importante para a causa. A língua de sinais precisa ser disseminada dentro da sociedade, até mesmo para que os surdos não sejam vistos como inferiores. Ainda há o preconceito e falta de conhecimento. A palestra da manhã falou da depressão em pessoas, como agir para amenizar essa dor, quais os diagnósticos e o que fazer quando o surdo sofre com este problema”, comentou a professora tradutora e interprete de línguas de sinais de Nova Iguaçu, Camila Keite.

Com a ajuda de uma intérprete, o estudante José Carlos de Barros Neto, de 13 anos, que estuda na Escola Monteiro Lobato, ressaltou que as pessoas surdas não devem ser desprezadas. “O tema foi importante, pois falou de suicídio e depressão, que não é fácil. Muita gente morre e temos que preservar a vida e a união, nunca desprezando o colega que passa por isso. Temos que estar juntos. O 26 de setembro é o Dia de todos os surdos e a cor azul tem que ser respeitada. Somos iguais às pessoas que ouvem”, disse o menino que tem os pais também com problemas de surdez.

De acordo com a secretária municipal de Educação, Maria Virgínia Andrade Rocha, esse tipo de trabalho desenvolvido nas unidades escolares possibilita um aprendizado diferenciado aos alunos com surdez. A intenção da Secretaria é transformar as escolas municipais cada vez mais inclusivas.

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