Dr. Luizinho pede vacinação  24 horas por dia para evitar filas

Parlamentar que preside Comissão de Seguridade avaliou como boa a medida do Ministério da Saúde de liberar as prefeituras de guardarem a segunda dose das vacinas de Oxford e Coronovac, desde que Butantan e Fiocruz assegurem aumento da produção

O presidente da Comissão Externa da Câmara para o Enfrentamento do Coronavírus, Dr. Luizinho (PP-RJ), cobrou que as prefeituras aumentem a quantidade de locais e horários de vacinação, incluindo quartéis e escolas, e façam isso não apenas nos dias de semana, mas sábados, domingos e feriados, 24 horas por dia.

“Nós precisamos vacinar 24 horas para acelerar a vacinação e reduzir as filas a que estão sendo submetidos os idosos, aglomerados nos postos de vacinação, que só abrem de 8h às 17h. Não vamos vencer o vírus desse jeito”, afirmou Luizinho, que também preside a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, que trata de projetos ligados à Saúde.

O deputado elogiou a decisão do Ministério da Saúde, tomada nesta segunda-feira (22/03) de liberar prefeituras de guardar as segundas doses exigidas pelos imunizantes Oxford AstraZeneca e Coronavac. Mas advertiu que, para isso, a Fiocruz e o Instituto Butantan terão que garantir que irão mesmo acelerar a produção, assegurando a entrega de vacinas suficientes para as duas doses.

“Assim, poderemos dobrar o número de pessoas que estamos atingindo hoje, de forma rápida, fundamental para atingirmos a chamada imunidade de rebanho”, afirmou o deputado. Ele disse que as segundas doses de ambas as vacinas terão que ser garantidas, mesmo no caso da de Oxford, que já provou ter 76% de eficácia já na primeira dose.

Na última terça-feira (16/03) representantes do Instituto Butantan e da Fiocruz garantiram, em audiência pública realizada pela Comissão Externa, que os problemas iniciais de produção foram superados e, a partir de março o ritmo de entregas será acelerado. 

Na reunião, a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade, onde são produzidas as doses da vacina Oxford AstraZeneca, disse que a perspectiva é “entregar 20 milhões de doses a partir de abril, completando 100,4 milhões doses em julho.”

O gerente de Inovação do Butantan, Cristiano Gonçalves, também disse que os problemas iniciais estão superados. “É lógico que, no início, tivemos alguns atrasos em relação às políticas da China de liberação do produto, à permissão e à licença de exportação. Porém, do lado da Sinovac, do Instituto Butantan e do Governo chinês, essa questão já está superada. Em relação a abril, estamos aguardando a liberação de 8.250 litros, aproximadamente 14 milhões de doses. A Sinovac (laboratório chinês que produz e envia o IFA para o Butantan) sinalizou também que, a partir de julho, eles vão inaugurar uma terceira fábrica lá na China. Teremos uma quantidade maior de entrega e uma flexibilidade maior para a Sinovac ter esse fôlego para a entrega de volumes maiores para o Brasil”, disse Cristiano na audiência.

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