Secretaria envia doações  para vítimas das chuvas

A secretária de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Fernanda Titonel, acompanhou nesta segunda-feira (3), o recolhimento de doações para as vítimas das chuvas no Norte e Noroeste Fluminense no ponto de coleta montado em suas instalações no prédio da Central do Brasil, no Centro do Rio de Janeiro. 

Várias instituições da sociedade civil, como igrejas, órgãos públicos e empresas, já se mobilizaram até agora, além de servidores da própria secretaria. O Abrigo Cristo Redentor,  instituição para idosos em situação de vulnerabilidade social mantida pelo Estado, enviou um carregamento de roupas e alimentos não-perecíveis, fruto de excedentes de doações.

“Como Governo, estamos fazendo nossa parte, fornecendo colchões, kits de higiene e limpeza e cestas básicas aos municípios atingidos para que possam distribuir com as famílias que tiveram que deixar suas casas com as inundações e alagamentos registrados desde o dia 24 de janeiro. Mas é muito importante esta ação solidária envolvendo a sociedade civil, sensibilizada pela situação caótica em que milhares de famílias ainda se encontra”, disse a secretária. 

A ação foi acompanhada pelas subsecretárias Cristiane Lamarão (Assistência Social e Segurança Alimentar) e Raquel Borges (Articulação Política e Acompanhamento dos Municípios). Todo o material recolhido até agora será encaminhado para a Secretaria de Estado de Defesa Civil, responsável pela distribuição na região.

Até a manhã de segunda-feira, segundo a Defesa Civil, mais de oito mil itens – entre colchões, kits dormitórios, cestas básicas, roupas diversas, kits de higiene e de limpeza – já haviam chegado às famílias desalojadas e desabrigadas na região, além de mais de 133 mil litros de água. A campanha teve início na semana passada, envolvendo várias secretarias e órgãos públicos estaduais (veja a lista completa aqui http://bit.ly/PontosdeColetaRJ). 

Cartão para materiais de construção e Aluguel Social

Além de verificar diariamente as demandas dos municípios, como água potável, colchões e cestas básicas, a secretaria estuda junto a outros órgãos estaduais a concessão de um cartão para compra de materiais de construção, com a finalidade de atender às famílias atingidas pelas chuvas.

Técnicos também analisam pedidos para concessão no Aluguel Social, programa estadual que prevê ajuda financeira a famílias afetadas por calamidades públicas. O cadastramento das famílias beneficiadas será feito diretamente pelos municípios que decretaram situação de emergência: Natividade, Porciúncula, Laje do Muriaé, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira, Bom Jesus do Itabapoana e São Francisco do Itabapoana. 

De acordo com o decreto estadual que criou o Aluguel Social, em 2011, para se enquadrar nas normas do programa é necessário que a família atingida por tragédias naturais tenha renda inferior a 5 salários mínimos e esteja inserida no Cadastro Único, uma ferramenta do governo federal usada para registrar famílias de baixa renda. O valor do Aluguel Social no Estado do Rio varia de R$ 400 a R$ 500 por família e é depositado na conta do beneficiário na Caixa Econômica. Atualmente, 5.900 famílias são beneficiadas pelo Aluguel Social em 13 municípios fluminenses.

Apoio de voluntários e Forças Armadas

O Corpo de Bombeiros do Estado do Rio mobilizou cerca de 100 militares, viaturas, embarcações, helicópteros, entre outros equipamentos para auxiliar as famílias atingidas pelas cheias dos rios Muriaé, Pomba e Carangola, que cortam a região. Órgãos como Cruz Vermelha, Igreja Universal e Legião da Boa Vontade (LBV) também distribuíram donativos e água e equipes da Rede Salvar se voluntariam para ajudar nas entregas. 

Militares da Marinha auxiliam as equipes da Defesa Civil na logística de distribuição de donativos e água por meio terrestre e com o uso de barcos, aeronaves e retroescavadeiras. Militares do Exército também apoiam a Defesa Civil do município de Campos dos Goytacazes, que teve dois diques rompidos no distrito de Três Vendas.

A Defesa Civil Estadual, por meio do Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ), segue monitorando as condições meteorológicas e os índices pluviométricos da região. Ainda de acordo com a Secretaria de Defesa Civil, os números de desalojados e desabrigados são contabilizados e gerenciados pelas prefeituras. Foram registrados dois óbitos: um em Porciúncula e outro em Itaperuna.

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