A organização não governamental (ONG) Rio de Paz fincou ontem (23), no Aterro do Flamengo, 57 cruzes brancas presas com uma flor com os nomes das crianças, com idades que vão até 14 anos, vítimas de balas perdidas entre 2007 e 2019. A medida foi tomada após a morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos, que foi atingida por uma bala perdida nas costas, na sexta-feira (21), na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão.  

“Nenhuma ação isolada dá conta dos problemas que o Rio de Janeiro enfrenta na segurança pública. O Estado carece de um pacote de medidas, que tenha como meta combater as mais diferentes causas que, historicamente, estão por trás das mortes de moradores de favela e policiais. A começar pela implementação de políticas públicas nas comunidades pobres, reforma da polícia e fim da guerra às drogas fazem parte desse debate”, disse o presidente do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa.

As cruzes estão no canteiro lateral das pistas em direção ao centro da cidade. O Aterro do Flamengo é uma das principais ligações entre os bairros da zona sul e o centro da cidade. As cruzes devem ficar no local durante 15 dias.

Boneca da Mônica

O jornalista e escritor Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, se manifestou pelo Instagram sobre a morte da menina Ágatha. A mãe da criança, Vanessa Francisco Sales, foi ao enterro, carregando uma boneca da Mônica, de quem a filha era fã.  “Meus sentimentos e minhas lágrimas pela pequena Ágatha!”, escreveu Maurício, que postou com a mensagem uma foto da mãe da criança, Vanessa Francisco Sales, carregando a boneca enquanto era amparada por familiares durante o enterro da filha, no cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio.

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