Estudantes da Baixada conquistam medalhas de bronze em Olimpíada Internacional de Matemática, nos EUA

Eduardo Barcellos, Gabriela Tavares, Gabriel Miranda, Luísa Costa, Yasmin Caldas e Rafael Lopes, do Colégio Estadual Marechal Zenóbio da Costa, em Nilópolis, Baixada Fluminense, disputaram o torneio com jovens de 25 países

O time de estudantes do Rio de Janeiro, que participou da Olimpíada Internacional de Matemática, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, tem muitos motivos para comemorar: os alunos acabam de conquistar três medalhas de bronze em solo americano.   Eles desembarcam no aeroporto Rio-Galeão, no próximo sábado (15/07), com várias histórias para compartilhar com suas famílias e colegas da rede estadual de ensino.

Eduardo Barcellos, Gabriela Tavares, Gabriel Miranda, Luísa Costa, Yasmin Caldas e Rafael Lopes, do Colégio Estadual Marechal Zenóbio da Costa, em Nilópolis, Baixada Fluminense, disputaram o torneio com jovens de 25 países, que conseguiram se classificar para a final do torneio. Eles vão trazer para casa três medalhas como lembrança de uma experiência incrível.  

E todos dedicam a vitória aos professores de Matemática Fernando Rocha e Aline de Souza, pelo trabalho realizado com o projeto Sala de Aula Invertida, com metodologia de aprendizagem de Matemática baseada em desafios, e à diretora-geral Elaine Cândido.

 “Ganhar esta medalha para o Brasil é simplesmente incrível!  Isso prova que nenhum sonho é impossível, já que sempre tive muita dificuldade em Matemática. O projeto me ajudou a enxergar que eu sou capaz. Se eu consigo, você também consegue!”, disse Yasmin Caldas, aluna da 1ª série do Ensino Médio e filha de professora de Português da rede estadual de ensino, que conquistou a medalha de bronze na categoria IV.

Para Elaine Cândido, diretora-geral do colégio, essa conquista serve para demonstrar o valor do ensino público no estado do Rio de Janeiro.

“É uma grande emoção! A medalha é muito mais do que um título, é uma vitória da educação pública. É a personificação da realização de sonhos, mostrando que determinação e empenho são capazes de romper barreiras.  Somos gratos à Seeduc-RJ e ao Governo do Estado pela credibilidade!”,   comemorou a diretora.  

Extremamente emocionada com a conquista, a secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto, elogiou a garra e a determinação dos jovens.

“Vale muito a pena investir na educação. Estamos muito orgulhosos destes atletas do saber. Que esta conquista incentive outros jovens da nossa rede”, salientou Roberta Barreto.

Brasil na Olimpíada Internacional de Matemática

A Olimpíada Internacional de Matemática acontece todo ano e é destinada a alunos do Ensino Médio. A competição é a mais antiga das Olimpíadas Internacionais de Ciências. O Brasil participa da disputa desde 1979. Em 44 anos, o país conquistou 12 medalhas.    

 O Colégio Estadual Marechal Zenóbio tem bom desempenho em Olimpíadas. Em competições nacionais e internacionais de matemática, a unidade escolar é reconhecida pelo alto desempenho dos alunos do projeto da Sala de Aula Invertida intitulado SICMA MATHEMA.

“Desenvolver projetos de olimpíadas torna-se uma ferramenta importante de ascensão social no Brasil para alunos de escolas públicas. Para esses jovens medalhistas, a recompensa é ainda mais tangível. Os resultados podem garantir aos competidores vagas em universidades de ponta do país, sem a necessidade de concorrer em vestibulares ou no Enem. Com essas pequenas vitórias, aumenta o propósito desses alunos. Hoje, temos alunos pesquisadores espalhados pelo mundo e também alunos bem-sucedidos em suas carreiras aqui no Brasil”, explica o professor Fernando Rocha, idealizador do projeto. 

 Além da competição

Desde que chegaram em Nova Iorque, os alunos se dividiram entre os compromissos com a organização da Olimpíada Internacional, o estudo para a avaliação e a visita aos principais pontos turísticos, como Central Park, Museu de História Natural, Estátua da Liberdade e outros lugares da cidade.    

“No Central Park conseguimos dar uma relaxada boa e apreciar a beleza da cidade. Não imaginava que fosse um parque tão grande”, disse Rafael Lopes.

Equipe tem retrospecto vencedor em competições nacionais e internacionais

Integrantes da equipe, Luísa Costa, 16 anos, e Gabriel Miranda, 17 anos, têm um grande histórico de conquistas na matemática.

A jovem foi medalha de ouro na Olimpíada de Matemática Sem Fronteiras (2022); prata na Olimpíada Brasileira das Escolas Públicas (OBMEP) em 2022 e bronze na prova Canguru (2023). Já Gabriel, além da medalha conquistada em Nova Iorque, também tem, no seu currículo, ouro na Olimpíada de Matemática Sem Fronteiras (2022) e menção honrosa na (OBMEP) em 2022.

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