Projeto na Alerj pede prioridade na  vacinação de lactantes sem comorbidades

Lactantes, com ou sem comorbidades, podem ser incluídas na lista prioridade da vacinação contra a Covid-19 no estado. A determinação é do projeto de lei 4.222/21, que o deputado Rosenverg Reis (MDB) apresentou nesta terça-feira (25/05) à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). 

Pela proposta, devem ser vacinadas todas as mulheres amamentando bebês com até seis meses de idade. O parlamentar ressalta os benefícios da imunização para a mãe e para o filho.

“Pesquisas recentes mostram que os anticorpos da mãe vacinada são transmitidos pelo leite materno. Ao também vacinar as lactantes sem doenças pré-existentes, estaremos fortalecendo o aleitamento materno e protegendo ambos do coronavírus”, justifica Rosenverg Reis.

Atualmente, apenas grávidas, puérperas e lactantes com comorbidades fazem parte dos grupos prioritários de imunização. Uma série de movimentos pelo país lutam pela alteração do Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19 (PNI) para incluir aquelas que não têm qualquer doença pré-existente.

No texto do projeto, o autor lembra que o Brasil é o país com maior número de casos de morte de mulheres grávidas e no pós-parto pelo coronavírus. Segundo levantamento do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19, no ano passado, 10,5 era a média semanal de mortes de gestantes e puérperas (mães de recém-nascidos). Agora, em 2021, até o dia 7 de abril, a média semanal saltou para 22,2 mortes.

Em 2021, houve um aumento de 61,6% na taxa de morte semanal da população em geral em relação a 2020. Para as grávidas e mães que acabaram de dar à luz, o aumento foi de 111,4%.

“Temos visto notícias de muitas mães morrendo por complicações provocadas pela Covid-19. As estatísticas mostram que as lactantes não devem esperar mais”, finaliza o autor do projeto de lei.

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